28 dezembro 2007

Adeus 2007

Foste um ano de emoções fortes.
Pregáste-me algumas partidas. Puseste-me à prova, muitas e muitas vezes. Testáste-me até não puderes mais.
No final, nem sei se estás desiludido comigo, eu seguramente não estou... Pelo contrário, vais ficar marcado como um Ano Feliz em que eu me orgulhei muitas vezes de mim mesma.
Brincáste às coincidências que nunca foram coincidências! Provocáste encontros e desencontros, proporcionáste ocasiões especiais. Meteste gente e mais gente no meu caminho, só para me veres reagir. E eu reagi, nunca com indiferença, sempre no meu jeito de aproveitar o mundo ao máximo!
Viste-me chorar, rir, desesperar. Assististe aos meus acessos de raiva, à minha irracionalidade.
Recompensáste o meu esforço muitas vezes, noutras viráste-me as costas só para eu aprender a lição.
Os teus 365 dias passaram depressa mas foram intensos. O tempo corre e eu corri com ele, umas vezes bem, outras nem por isso, mas, no final, acho que venci a corrida...
Adeus 2007, vou ter saudades tuas.

21 dezembro 2007

Um Natal diferente


Um Natal sem frio. Sem casacos quentinhos, camisolas e camisolões.
Um Natal sem os doces e salgados da minha avó. Sem o barulho da familia à mesa. Sem as birras do mais pequeno...
Um Natal sem o amontoado de papéis de embrulho que até à meia noite escondem os presentes coloridos... uns de surpresa e outros já tão esperados.
Vou sentir a falta desse Natal. Vou passá-lo aqui e tentar que seja mais genuíno que conseguir. A minha outra metade há-de compensar-me deste Natal longe das minhas raízes.
A todos os que me amam e sabem aquilo que eu sinto, desejo um Natal muito Feliz, cheio de alegria, amor e na presença das pessoas especiais. É tempo de encontros, de sorrisos e de paz.
Feliz Natal

18 dezembro 2007

Fecha-se uma porta...



Quando entráste, entráste em grande! Limitáste-te a empurrar a porta principal que eu já tinha deixado entreaberta para ti.
Nem sequer bateste. Entráste com esse teu jeito imponente, esse teu ar de quem acabava de preencher todo o espaço...
Depois percorreste todas as divisões. Demoráste-te em cada uma delas. Foste ficando...
Para mim eras uma lufada de ar fresco, um presente... uma novidade acabadinha de chegar!
Conheceste cada recanto e tudo parecia ser já teu também.
Mas não era, talvez porque nunca quisemos que fosse.
Por isso ,um dia saíste e quase nem dei conta da tua saída. A tua entrada fora triunfal, é certo! Mas depois de um efémera mas intensa estadia, saíste discretamente pelos fundos.
A porta grande já era demasiado para ti.
Tens esse dom de chegar de modo triunfal, iluminar o espaço, tornar tudo deslumbrante. Tanto, que até parecia que à tua saída ias levar esse mundo sublime contigo.
Mas afinal, quando passáste a porta percebi que não tinha sido assim tão arrebatadora essa tua entrada.
A porta dos fundos fechou-se à tua passagem, silenciosamente... nem te disse adeus. Porque nessa altura, a porta grande e todas as janelas se abriam e tornavam o espaço luminoso como sempre foi.

17 dezembro 2007

Feliz Natal Gigi

"Nós amizadi é doci. Ten gosto que ka ten na mel!"

Aproveita os dias em Portugal. Faz tudo aquilo que coração mandar!

Vais fazer falta por aqui.

Cá te espero, para novos episódios!

12 dezembro 2007

Special one


"-Tu és especial..."
Uma maneira tão vaga de me dizeres tudo sem dizeres nada.
Ser especial, significa o bem, o mal, o mais ou menos... significa que sou todos os adjectivos num só e ao mesmo tempo nenhum deles...

Só se é especial quando não se é mais nada. Quando não há palavras mais concretas, mais reais. Palavras que traduzem sentimentos e vivências verdadeiramente fortes.

Ser especial é tão vago... de traços muito ténues, sem nenhuma definição.
Preferia que me dissesses uma verdade, mesmo que não fosse aquela que sempre esperei ouvir de ti.
Preferia que fosses sincero e traduzisses esse "ser especial" em palavras, em frases, em acentos, interjeições, números. Preferia que usasses todo o vocabulário do mundo e que assim eu pudesse realmente perceber o que sentes por mim.

Ser especial é só uma verdade bonita de ouvir, mas vazia de sentido.
Não quero ser especial... quero apenas ser eu e que tu me mostres o que eu sou para ti!

10 dezembro 2007

Hoje sonhei contigo


Não é a primeira vez que me acontece... Sonhei contigo. Aliás tenho sonhado muitas vezes contigo. Não aqueles sonhos sem sentido, aqueles em que aparecem personagens supérfluos, lugares estranhos e gente a mais, daquela gente que se intromete no nosso subconsciente sem sequer ser chamada.

Não esses sonhos que nos deixam atordoados à procura do norte e a perguntarmos a nós mesmos que filme foi aquele que acabámos de viver...

O meu sonho foi só contigo. Eu e tu, nós dois no sítio que eu escolhi para nós. As palavras que dissemos foram as que eu queria ouvir de ti, a maneira como nos olhámos era aquela que eu sempre desejei.

Eu e tu e, de vez em quando, alguns intervenientes que fazem parte do "nosso" filme e o tornam mais real.
Sonhei com tantas coisas, deixei-me embalar pelos pensamentos. Misturei a memória com a imaginação. Soltei todos os sentimentos e por algum tempo desejei que o sonho fosse real.
Não acordei "atordoada" como nos outros sonhos, naqueles que temos de olhos fechados durante um longo e descansado sono.
Desta vez sonhei contigo de olhos bem abertos. Estive "longe", muito longe, como se tudo à minha volta tivesse de repente parado. Quando voltei à realidade, tinha passado algum tempo... sorri e fiquei feliz como se tivesse chegado de uma viagem a um lugar maravilhoso...

07 dezembro 2007

Pés


"Os teus pés são tão feios!"
Disse-te tantas e tantas vezes. Lembras-te?
Mas será que há pés bonitos?
Acredito que na visão romântica, nos olhos apaixonados ou nos olhares de fetiche, sim, talvez para esses, os pés sejam bonitos...
Mas, sinceramente, através do olhar frio e directo, para mim aqueles membros que põem um ponto final na nossa imagem nada mais são do que... dois pés.
Os teus são feios sim! Mas todos os outros parecem ser o parente pobre, o lugar esquecido quando tudo em nós estava já feito e só faltava aquele bocadinho.
Aparências àparte, os pés que estão no final de nós, são no fundo o começo de toda a história. os primeiros passos, a primeira vez que andei de patins, as caminhadas longínquas sem destino...
e lá estão eles, feios mas a afirmarem-se e a afirmarem-me! A supreenderem com todas as possibilidades de serem únicos.
Os teus pés são como os meus, como os de todos. São teus e valem ouro.

05 dezembro 2007

No céu...a olhar por mim


Fazias anos esta semana...
Admito que ainda hoje fujo de te ir buscar à minha caixinha de memórias. Passou tanto tempo e eu ainda tenho tantas saudades tuas!
Saudades de me sentar na tua perna que balançavas para eu brincar de cavalinho. Saudades das tuas "engenhocas" na bancada das ferramentas. Saudades da tua alegria sempre que compravas mais uma invenção electrónica topo de gama e lias vezes sem conta o livrinho de instruções!
Lembras-te dos filmes que fazias com a tua máquina de filmar? Nós, na Serra a fazer as típicas acrobacias de criança. Saltos e brincadeiras sob o olhar dos adultos. E tu a filmar, para depois, com o mesmo entusiasmo projectares os filmes na parede da sala em verdadeiras sessões de cinema.
Que belas recordações de infância me deixáste naquelas fitas de 8mm!
Não falavas muito, eras tranquilo, seguro de ti. Nunca foste muito efusivo, mas os teus silêncios transmitiam tanta protecção, sabedoria e carinho... estavas ali para nós e isso bastava.
Fizeste tantas coisas de que me posso orgulhar e que perduram até hoje.
Deixáste a tua marca neste mundo. Registáste o teu caminho para sempre com a mesma tinta da China que usáste para pintar uma caixinha cheia de desenhos- a melhor herança com que fiquei de ti.
Foste especial, e ainda o és. Onde quer que estejas, para sempre... Saudades avô.

04 dezembro 2007

Esclarecimento


A todos os que se preocuparam comigo durante estes dias, muito obrigado. É bom saber que tenho amigos assim.
Mas não! Não estou mal de amores, nem deprimida, nem infeliz. O meu coração continua preenchido e retribuído de amor, amizade, carinho... e todos os sentimentos que nos fazem sorrir à vida.
Os posts deste blog são mera ficção.
Histórias baseadas noutras histórias. Palavras, sentimentos e situações sobre os quais me apetece escrever.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

03 dezembro 2007

Um olhar sobre ti...


A tua imagem é tão forte em mim. Nela me perco vezes e vezes sem conta. Mesmo sabendo que não passas de uma imagem vaga, longinqua, desvanecida sem expressão nem contornos.
Apenas umas ténues linhas do que fomos, do que poderiamos ter sido e do que nunca seremos... um desenho desfocado que no entanto me chama para ti e contraria o meu ser.
Não és perfeito, nem sequer te acho muito bonito. Não serias nunca top model, e também não páras o trânsito como um "star" de hollywood. Mas no entanto és tu e todas as tuas imperfeições que me fixam como um iman e me obrigam a demorar o meu olhar sobre ti.
Talvez um dia a imagem se dilua no tempo... talvez se apague, ou talvez os meus olhos desistam de te observar. Mas hoje, é para ti que eles se viram teimosamente. Não te contemplam, não te desejam, nem tentam tirar dali o teu ser porque é apenas uma imagem e nada mais...

30 novembro 2007

Culpa-me a mim!

Claro que a culpa é minha. Fico com ela sem remorsos!
Tu? Tu podes simplesmente ilibar-te, encontrar em mim a absolvição e partir descansado rumo ao teu destino. Se é que tens um destino...
Melhor assim.
Sempre foste o actor secundário nesta história.
Eu agora sou vilã, mas fui também a heroína, a protagonista, aquela que fez tudo e tudo para que este filme fosse cheio de emoções. Aquela que esteve em todas as cenas!
Agora, o filme aproxima-se do Fim. Já se sabe quem é o culpado.
Sou eu... Tu retiras-te de cena da unica maneira que sabes fazer- sem dar nas vistas, o mais discretamente possivel.
Deita a cabeça na almofada e fica tranquilo. A culpa é toda minha porque também todo o resto me pertenceu!

29 novembro 2007

O meu umbigo!


Hoje apetece-me olhar para ti. É que enquanto te observo os meus olhos não param "noutras visões" mais nocivas e o meu pensamento fica apenas concentrado em ti... em mim!
Hoje sou só eu e tu num grito de egoísmo.
És o mais bonito de todos, o mais perfeito, bem delineado, na posição certa... símbolo do meu ser, da minha raiz e origem.
Não tenho vergonha de dizer que te adoro por estares sempre aí. És meu, És eu!
Hoje sou só eu a olhar para dentro, a pôr os olhos em ti e de nada mais querer saber!
Me myself and I

28 novembro 2007

Vais sair?


ou precisas que te acompanhe à porta? Por favor, não me faças ter de caminhar até lá.
És demasiado para quatro paredes que te estrangulam e te fecham ao mundo...Lá fora há muito mais para ti.
Tens tudo à tua espera... ofertas e mais ofertas quase de graça! Só para ti! Simples ou em pacotes ao estilo pague um leve dois.
Por isso vai de uma só vez. Não leves as memórias, nem os dias, nem as horas nem nada de nada. Vai somente tu com esse jeito de tudo querer e nada desejar.
Ah, não te esqueças... fecha a porta quando saíres!

27 novembro 2007

Gosto de gostar de ti!


Gosto de gostar de ti porque me faz sorrir.

Porque nao vivo no abismo dos apaixonados que sofrem de amor. Porque este sentimento é bom, enche-me o peito, como se fosse uma lufada de ar fresco que quase sempre me põe bem disposta.

Gosto de gostar de ti porque às vezes simplesmente decido deixar de gostar. Viro a página, lanço-te uma ou duas maldicências, que saem da boca sem sequer chegarem a passar no cérebro, e continuo em frente. Mantenho o nariz empinado por uns tempos até sentir saudades tuas.

Depois vou, sem sentimentos de culpa, folhear o livro de memórias boas e lá te encontro uma vez mais para voltar a gostar de ti.

Gosto de gostar de ti, porque te quero bem. Porque a nossa história é só nossa e mais ninguém poderia contá-la ou vivê-la por nós.

Gosto de gostar de ti porque sei que também gostas de mim nesse teu jeito indiferente de fingires não gostar!

Se calhar vou querer gostar para sempre de ti. Pelo menos enquanto puder ser eu a escolher...

24 novembro 2007

Da última vez


Da última vez já não erámos nós.
Da última vez não houve entrega, nem paixão, nem a força dos sentimentos que costumavam arrastar-nos para um mundo onde só cabiamos os dois.
Da última vez nem te vi, não senti o teu olhar, o calor da tua pele, o desejo que era sempre tão forte como o bater do teu coração...
Desta vez foram só dois corpos numa dança desajeitada. Dois corpos sem alma, porque essa, estava muito longe daquele lugar. Ficámos ali entrelaçados, sem encontrarmos uma razão que explicasse o momento que estávamos a viver.
Sabiamos que era a última vez... tínhamos essa consciência. Por isso, procurámos um adeus perfeito, forçámos um final memorável. Tentámos reencontrar-nos no meio da escuridão. Mas nada aconteceu. Os corpos não responderam, as palavras não sairam e até o arfar da tua respiração já não era o mesmo.
Foi a última vez...sim. Mas, na realidade, já tinhamos terminado há muito tempo...

23 novembro 2007

facil de entender




Uma banda sonora...um momento

Um dia vais saber....


Um dia saberás do brilho nos meus olhos. Saberás dos sorrisos, dos gestos e de todos os olhares
perdidos sobre ti.
Um dia vais comprender cada toque delicado, e todos os minutos que tentei viver como se fossem os últimos.
Um dia, até poderás entender a minha indiferença, as fugas, as palavras que ficaram por dizer...os fingimentos e a maneira como parecia não querer saber de ti.
Sei que te recusas a ver além da aparência, que fechas os olhos e mentes ao mais profundo do teu ser. Sei que impuseste a ti mesmo essa barreira, esse teu jeito de olhar sem realmente ver. Só não sei se o fazes por medo, ou por orgulho... Talvez um pouco dos dois.
Mas um dia vais saber. Vais recordar a entrega, os momentos, os dias e as noites. Nesse dia talvez sintas saudades do nosso pequeno espaço. Do pouco ou quase nada que construimos juntos.
Um dia vais saber...

22 novembro 2007

The first one


Um espaço só meu!
Um lugar de desabafos, pensamentos, sensações e vivências. Um lugar onde domina a imaginação, a sensibilidade... o bom e o mau humor.
Palavras e mais palavras. Umas vezes sentidas, outras vezes vividas. Nalgumas situações simplesmente palavras que valem por si.
Quem vier será bem vindo.

 
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