Fotos: Pedro Moita
Concertos há muitos, por Cabo Verde inteiro... As autarquias chamam-lhes festivais. O conceito banalizou-se. Quase todos repetem os mesmos artistas, o mesmo alinhamento, a mesma fórmula. Na Baía os artistas também não são de todo originais, mas o festival reverte-se de um outro espírito, "mais musical".
A Baía é, sem dúvida um festival... o festival!
À Baía chegam gentes de todas as paragens. Ali se montam a tendas durante três dias; para ali se mudam famílias inteiras, grupos de amigos, conterrâneos, vizinhos... ali se juntam para assistir a vários concertos, muitos estilos, muitos espectáculos, ouvir sons, dançar e aplaudir as estrelas do cartaz. Assistir ordeiramente, com espírito festivaleiro, sem violência, nem hostilidades.
A Baía está de parabéns. Fez 25 anos. Comemorou com um grande cartaz, cheio de nomes consagrados e algumas boas revelações. Relembrou 25 luas cheia e homenageou nomes que estiveram na 1ª edição e ali voltaram, 25 anos depois.
A Baía acolheu, uma vez mais, a "diva" Cesária, apesar desta passar por lá indiferente. Sentiu as boas vibrações do reggae de Anthony B. Dançou semba e samba. A Baía aplaudiu os filhos da terra que vivem lá fora e respondem ao chamamento dos festivais.
A Baía, recebeu milhares e milhares de pessoas; tendas; barraquinhas de comes e bebes; vendedores ambulantes, gentes ilustres; gentes do povo.
Mais uma vez foi ali que o fim de semana aconteceu, no lugar do festival dos festivais.
Agora, a Baía descansa tranquila... prepara-se para o próximo ano... o palco ficou vazio, reina o silêncio... Já se ouve de novo o barulho do mar que brinca com as rochas. Já se ouve o canto de alguns pássaros que ali descansam...
O festival terminou... fica uma memória boa e saudade… até ao próximo ano.