31 janeiro 2008

Love is Blind

Tapa os olhos, deixa essa cegueira invadir-te de uma só vez. Imagina, os sons, as imagens, os cheiros, o tacto... Recria situações. Vive até o impossivel nesse pensamento de olhos vendados.
O amor é cego - vamos senti-lo assim e admitir todas as possibilidades.

De olhos fechados só nós e uma escuridão de todas as cores.

Pode ser amor, atracção, carinho, amizade, ódio, paixão, ternura, raiva... Pode ser qualquer coisa, desde que seja vivivo cegamente.

Por isso tapa os olhos, lê a mensagem que te deixei em "braille", sente-a e liberta-te de tudo o que já tinhas visto ou vivido.

30 janeiro 2008

Badiu di Fora


Gosto dos "badius di fora". Gosto daquele jeito bairrista e determinado, do olhar firme, da confiança nas palavras.

Admiro a maneira com sonham sempre mais alto. Invejo a vaidade que colocam em tudo o que fazem, em tudo o que são.

Ser "di fora" é um desafio. É olhar as fronteiras de outra maneira... é não ter fronteiras... e ao mesmo tempo viver na diferença entre o preto e o branco, o rico e o pobre, o verde e o cinzento...e jogar sempre com todas as cores, com todas as possibilidades.

É viajar pelas estradas e caminhos, sem fazer contas aos quilómetros, às horas, aos dias...

Os badius di fora são gente destemida, gente com garra, gente que surpreeende.

Por isso gosto! Gosto dos badius di fora de todo o mundo. Da forma como chegam nesse misto de humildade e orgulho, de pobreza e, porém, uma infinidade de tesouros escondidos.

Gosto dos badius di fora quando só eles conseguem aparecer do nada para mudar o rumo de todas as coisas...


28 janeiro 2008

Inevitável


Serás sempre a minha pedra no sapato... a minha nuvem de chuva... a ovelha negra no meio de um rebanho repleto de lã branquinha como a neve.

Apareces para turvar a minha realidade. E escolhes tão bem os momentos!

Sim a culpa é dessas covinhas, do sorriso maroto de criança que acaba de receber um novo brinquedo. Do teu jeito, que é tão desajeitado...

Nem te apercebes de nada. És inocente, ou talvez não sejas... mas acho que nem imaginas a força da tua presença.

Às vezes fugimos, cansamo-nos. Mudamos o cenário... Partimos com promessas de nunca mais voltar. Mas "nunca" é uma palavra demasiado forte para nós. "Nunca" contraria todos os nossos desejos.

Vivemos em circulos e o meu caminho vai sempre cruzar-se com o teu, como se alguma coisa teimasse em manter-nos próximos, ainda que afastados... como se fosse impossivel virar a página, de uma só vez.

25 janeiro 2008

Há sempre um dia...


Há sempre um dia em que desistimos, em que já não queremos mais. Um dia em que nos cansamos daquela postura de gente forte, inquebrável, capaz de resistir a todas as tempestades! Simplesmente voltamos as costas.

Hoje é um desses dias. Faltam-me as palavras, as frases. Falta-me o estilo e a inspiração.

23 janeiro 2008

My dream is to fly over the rainbow...

Anda, dá-me a tua mão, enfrenta todas as possibilidades, esquece o absurdo, liberta-te!
Vamos saltar, subir, descer, gritar. Quero correr contigo ao meu lado até cairmos exaustos. Rir do impensável, enlouquecer a paisagem.
Tenho vontade de te respirar, ver de perto esses adornos, sentir a espessura do teu cabelo... mexer-te sem te tocar. Como quem vê com a ponta dos dedos, só para entender.
Não te conheço, eu sei. Mas deixa-me mergulhar nesse ser desconhecido, equívoco, desfocado. Vamos explorar juntos todas as sensações e viajar numa espiral de sentimentos confusos. No final tenho a certeza que ficará para sempre o momento em que deixámos de fora o óbvio e fugimos os dois para outro lugar onde nada parecia fazer sentido...
Vais resistir?

18 janeiro 2008

Vaidades


Continuas igual!
O mesmo jeito arrogante de ser. O mesmo excesso de confiança em ti, as mesmas palavras vãs... Gestos, olhares, trejeitos que escondem um menino inseguro, instável, cheio de incertezas. O menino da vida simples, que finge ser complicada e repleta de tudo e de todos. O menino que adormece sozinho, mas acorda a falar das suas noites agitadas. Noites de cama cheia... manhãs de acordar doce e terno com um sorriso bonito do lado.
Não, não existe nada disso... eu sei! Existe uma vida banal, com gente banal.
Mas para ti a tela de cinema é o limite. Jogos de sedução, autógrafos a fãs tresloucadas, aplausos. Show muito show com direito a repetição!
Não finjas para mim. Gosto de ti assim. Do menino simples, de sorriso infantil.
Confesso que até te dá um certo charme esse ar de quem domina o mundo e a vida. Esse teu hábito de quereres irradiar luz, de quereres ser a luz!
Mas eu sei a verdade sobre ti.
Sei dessa vaidade que teimas em nunca perder mesmo quando te despes de tudo e de todos. Essa vaidade que está sempre contigo...quando andas, quando olhas, quando falas.
Faz parte da tua natureza eu sei, tal como faz parte da minha deitar por terra esse teu jeitinho arrogante. Será sempre esse o nosso jogo, jogo de vaidades que vão bailando numa fogueira só nossa que teimamos em manter acesa...

17 janeiro 2008

De impulso


Não.. não me apetece pensar!

A vida é muito melhor se a viveres de impulso. Se souberes dar espaço ao arrependimento, à raiva, à dor, à alegria. Deixa sair as gargalhadas e as lágrimas de uma só vez. Não tenhas medo.
É bom! Experimenta!
Viver de impulso é fazer da vida uma surpresa a cada dia.
Aprender e crescer...
Passar pelo relógio sem ser em vão... Aproveitar todos os elementos que se vão cruzando no nosso caminho. Saber olhar e reconhecer aquele sorriso, aquele brilho especial no interior de alguém que não está ali meramente por acaso.
Ouvir a música e viajar com ela, num caminho por onde passam todos os sentidos.
Estar naquele sítio que parece absurdo, porque talvez ali esteja um momento, uma estória, uma marca do presente que será registada para sempre.
Viver de impulso é ter a coragem de escrever mais uma página no livro da vida... escrever, rasgar, deitar fora... colocar mais personagens... rir do que ficou para trás. Sentir saudades e guardar para sempre muitas e muitas memórias...

11 janeiro 2008

Onde estás?


Tenho saudades tuas...
Saudades do teu sorriso e alegria contagiantes. Saudades de quando eramos só os dois e nada mais importava. Nessa altura, o relógio recusava-se a prosseguir e lá fora o mundo ficava em stand by à espera que resolvessemos voltar à vida real.

Sinto falta do teu calor, do teu jeito de me proteger, do teu lado humano e tão profundo... Daquele olhar meigo, quase infantil, quando te transformavas numa criança carente.

Juro que já te tentei procurar em toda a parte, procurar o que eras, o que eramos os dois... Mas nada.. apenas uns resquícios do passado que logo desaparecem como se fossem apenas breves memórias de um tempo muito longínquo.
Apetece-me gritar, ordenar-te que voltes e tragas contigo tudo o que a tua presença sempre foi para mim! Mas não consigo... O som não sai e o olhar, que sempre falou por nós, também já perdeu o brilho e a expressão de outros tempos. Se calhar porque simplesmente deixámos de nos olhar, ou de nos ver.
Quero reencontrar-te. Tenho saudades tuas.

10 janeiro 2008

Efeito Livity.... Thanks Caty



Kel ó ku bai
Bu ta flam Rosinha
Se el kre casa, ma podi casa
Se el kre esperam, pa esperam
Ma sel esperam, mim ta casa ku el

Eh Rosinha, Eh Rosinha, Eh Rosinha
Nos casamentu ê só na volta d’anu

Kel ó ku bai
Bu ta flam Rosinha
Pa el ba Somada kumpra papel selado
Pa el bai igreja marca casamentu
Nos casamentu ê só na volta d’anu

Kel ó ku bai
Tchomam kel minina
Ma mim Jorge mandal kel recadu
Rosinha n gosta di bo, mim krebu tcheu
E su esperam, mim ta casa ku bô

Eh Rosinha, Eh Rosinha, Eh Rosinha
Nos casamentu ê só na volta d’anu


Pode até parecer piroso, mas contagia! Como todas as coisas pirosas- primeiro estranha-se depois entranha-se.
Como tu e como tudo! Entranháste-te depois de te estranhar e agora... agora resistes a todas as ordens de despejo!


(Obrigado Caty pela "poesia". Segunda lá vamos nós!)

08 janeiro 2008

Sai de mim...


Achas que és o dono de todas as coincidências e acasos do meu dia a dia? São apenas coincidências nada mais do que isso!
Já não vale a pena "apareceres" do nada ou mandares "enviados" para me recordar outros tempos.
Músicas que tocam a toda a hora no rádio, símbolos de ti, imagens, palavras, números... tantas e tantas pequenissimas coincidências que parecem post its com o teu nome escrito.
Pequenos papelinhos que se colam ao meu dia a dia, à minha existência, que aparecem a cada passo, a cada pensamento, a cada ideia.
Estarei a ficar maluca ou simplesmente não páras de aparecer nas mais variadas formas?

Sai! porque agora já não quero... já me lavei de ti! Já não brinco com as coincidências. Porque agora, sou eu que te vou chamar para o meu pensamento apenas quando eu quiser.




04 janeiro 2008

O meu palco


A minha casa, o meu palco. O sítio que dia após dia me viu crescer.
Foste encontro de amizades eternas, foste o espaço mais importante que todos os outros.
Aqui cresci por dentro e por fora na presença da mãe que virava professora exigente!
Aqui chorei milhares de vezes, outras tantas, sorri de alegria por mais um obstáculo superado. Testemunháste os meus medos, o meu nervosismo, o desespero e a vontade de ir embora e nunca mais voltar. Mas vias-me chegar sempre no dia seguinte. Sabias bem que nunca iria desistir!
Assististe a todas as minhas vitórias, aos triunfos às disputas renhidas... aos momentos de glória, aos aplausos quando as tuas bancadas se enchiam de gente.
Foste chão do meu suor, das minhas quedas às vezes dolorosas e palco das danças em dias de competição.
Hoje continuas cheio de gente que como eu troca tudo pelo vento na cara quando se desliza sobre rodas. Continuas a ver a ambição, o esforço, a exigência da professora. E quando te visito sinto que um pouco de mim ainda lá está.
Da menina que saiu da sua casa...que deixou de subir a esse palco, mas que deixou lá a sua marca...para sempre.

03 janeiro 2008

Welcome 2008



Este ano é bissexto. Tenho um bom feeling em relação aos anos com 366 dias.

Não vou prometer realizações que há muito tenho adiado, às vezes por falta de tempo, outras vezes simplesmente por comodismo.
Também não fiz uma lista de resoluções para o Novo Ano...nunca faço, prefiro deixar em aberto todos os dias e horas. Prefiro supreender-me a cada pôr do sol, esperar por um novo amanhecer, quando tudo parece perdido, acordar com esperanças redobradas.
As metas são para quem não acredita nos acasos da vida, nas novas perspectivas que se abrem a cada passo.

Para 2008 só quero sorrir muitas vezes...quero chorar outras tantas de todas as emoções.
Quero muitos reencontros com aquelas pessoas especiais.
Quero calçar os meus patins e sentir aquela sensação única de viver sobre rodas.
Quero festejar, celebrar a vida e estar rodeada de todos os que amo.
Quero viajar muitas vezes para as minhas raízes.
Quero arrepender-me, do que fiz e nunca daquilo que deveria ter feito...
Neste Novo Ano, como em todos os outros quero apenas ser eu no meu contexto...eu, tu, nós todos... juntos, no meu mundo...

 
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