24 dezembro 2008

All I want for Christmas is You!

Que neste ano, a vossa árvore de Natal esteja cheia de "pedacinhos" de alegria, saúde, muito amor e que simbolize a união da familia, dos amigos e de todo o mundo.

Que aos seus pés estejam presentes, oferecidos com carinho.... destinados àquelas pessoas especiais que nos merecem.

Que essa árvore iluminada traga memórias dos que estão longe, dos que partiram, dos que queríamos tanto que aqui estivessem...
De todos os que, mesmo em espírito, passarão sempre o Natal sentados à nossa mesa...celebrando.

Feliz Natal ao Mundo!
Feliz Natal a ti, lá longe... que o Pai Natal te leve um pedacinho de mim...

19 dezembro 2008

Pedaços de nostalgia

Natal de saudade... esse sentimento latente, que nestas épocas bate mais forte.
O frio da rua... os casacos pendurados no corredor, prontos para o "combate" às temperaturas negativas.
A neve que já cai na minha Serra da Estrela... e os planos para ir até lá, em breve...
"talvez para a semana, passar o Ano!"
E uma mesa de iguarias... onde nos sentamos todos para celebrar a familia, a alegria e a paz.

Mais um Natal longe desse pequeno quintal onde estão plantadas as minhas raízes... um Natal no calor e ... felizmente! longe do consumismo desenfreado, daquele correria obrigatória à compra de presentes.

Natal numa outra mesa, com outra familia, não de sangue, mas de fortes laços de amizade...
no calor, sem casacos nem conversas sobre a neve.

Sobrevivem as memórias, aquelas pequenas lembranças avulsas que aparecem como pedacinhos de nostalgia só para acentuar a distância e a saudade.

18 dezembro 2008

Pessoal toca a votar!

Votações para todos os gostos em
http://alamarginal.blogspot.com/

É tempo da blogoesfera cabo-verdiana exercer o seu direito de voto.
E viva a democracia virtual!

Uma questão de horizonte...


Vista para o mar azul... ou vista para um horizonte, onde não reina nem o azul, nem o verde da esperança, nem outra cor que possa alegrar o dia a dia.

Assim se vive na Boavista entre dois mundos, que giram a duas velocidades, onde se movimentam pessoas, também elas de latitudes muito diferentes.

Tudo o que já foi escrito, dito, falado sobre o bairro da Barraca é pouco para descrever esse mundo onde as janelas não mostram uma vista grandiosa... onde nem sequer há janelas.
nem água; nem luz; nem segurança...
Onde se convive com o lixo... onde tudo se perde ao mínimo capricho da Natureza...

Pisei a Barraca pela primeira vez há cerca de um mês...
Visitei esse mundo cinzento, guiada pelos seus habitantes... gentes de Santiago; do Senegal; da Guiné.
Gentes que chegaram pela mesma razão, em busca do "eldorado" que o turismo da Boavista parecia prometer a quem lá conseguisse chegar.
Emprego para todos, bons salários, vidas mais dignas do que nas suas terras natal.
Ilusões que a Barraca vai acolhendo.
Porque ali há sempre mais um pedaço de chão onde construir quatro paredes de tijolo, de madeira, ou cartão... protegidas por uma chapa de zinco.

Ali vão chegando estes "náufragos", a bordo dos seus navios de sonhos desfeitos.

Ali conheci a "Dulce", num cubículo minúsculo que partilha com um companheiro e mais três filhos. Um cubículo que já resistiu à fúria das chuvas e a dois incêndios que praticamente devastaram todo aquele lugar.

De dia, "Dulce" é camareira num hotel de cinco estrelas na Praia das Chaves,, com vista para o mar azul; para a comida farta; para os bares, piscinas e infra-estruturas luxuosas...
À noite regressa ao bairro da Barraca; àquele sítio que nem se atreve a chamar de lar... ao sítio com vista para o nada, para um labirinto de casas desfeitas, de lixo e gente desiludida.

Uma questão de vistas... de horizontes.

Reportagem sobre a Boavista do "tudo incluído" e o bairro da "barraca" hoje no Nha Terra Nha Cretcheu

É hoje!

É sempre de assinalar mais um lançamento musical por terras criolas.
Mais que não seja pela ousadia e porque qualquer trabalho acrescenta sempre alguma coisa de positivo à música nacional.
Sucesso para o Eder. Os primeiros passos são sempre os mais difíceis...

Ps- O novo cd dos Ferro gaita está quase, quase a chegar... Confesso que estou curiosa. É que a fasquia está alta para estes senhores do Funaná, depois do sucesso do último trabalho.
Vamos ver se surpreendem.

11 dezembro 2008

No deserto

No deserto escrevi o teu nome... em vão. O vento forte que soprou naquele dia foi tão fugaz, que nem eu consegui reler todas as letras que te compõem.

Procurei os teus passos no meio de tantos e tantos que pisam as areias finas...
não...
não consegui descobrir por onde caminháste.

Corri na imensidão das dunas, buscando um sinal de ti no meio de um silêncio ensurdecedor... corri até cair exausta e deixar-me envolver naquele manto dourado.

Enchi a mão de um punhado de areia, símbolo do nosso fulgor... do desejo, da paixão...
mas de tão fina ser, a areia escapou à minha mão... qual ampulheta de improviso que esvazia discretamente quando o tempo é já longo demais...

Assim somos nós dois... perdidos e achados num deserto qualquer.
Numa imensidão de nada... de dunas vazias à mercê de um vento caprichoso que as muda de sítio, de lugar, de figura.

No deserto nos encontramos tanto como nos perdemos... no deserto buscamo-nos sem norte, sem sentido, caminhando por entre areias que ora pousam tranquilas ora se levantam em revolta para dali partirem rumo a um outro lugar.

Ao deserto hás-de chegar de novo somente para me rever.
Talvez te espere ali... ou
talvez também eu esteja escondida, no meio do vazio, do silêncio, do imenso...
e tu desistas, assim, de me buscar.

He's a Boy!

05 dezembro 2008

Have a nice weekend

Sorri, com esse sorriso de menino travesso e seduz o mundo, a paisagem, as gentes que passam e hão-de fixar o olhar em ti.
Pinta o teu rosto daquele ar feliz, descomprometido, doce e sincero que tão bem conheço e atrai as atenções, atrai os raios de sol, as tréguas de um Inverno frio.

Desarma os dias cinzentos, enevoados... contraria as árvores que se despem de folhas nesta época... evita as lágrimas que caem do céu.

Sim, tens o poder de conseguir fazê-lo... tu, só tu!

Vive a criança que se esconde, num corpo forte, austero... intimidante.
Porque ambos sabemos que essa criança existe e torna tudo possível. Até o que parece não ser!

Aproveita o fim de semana e espalha pelo mundo o teu sorriso, o teu olhar brilhante, o teu jeito... tão secreto.

Have a nice weekend... take care!

04 dezembro 2008

Pedaços sem sentido...



"Nha coraçon ta na balanço
só pa modi bo!"

Porque há palavras, frases e sentimentos que em criolo tem um outro significado...
mais doce, terno, talvez até mais sincero.
Mais... Possível! Assim, sem traduções.

Obrigado pela inspiração!

03 dezembro 2008

Sexy Boy...

Anda... quero chamar-te de novo! Quero-te aqui agora do meu lado.
Anseio pelo teu sorriso, outra vez... esse sorriso magnético, só teu... antídoto do meu corpo, da minha alma... expressão de um ser que se abre só para mim.

Recordo a tua breve aparição... estavas mais resplandescente, mais esbelto, forte, seguro de ti... certo dos poderes mágicos que um dia te concederam e que tão bem sabes usar.

Procuráste o jeito fácil de Sexy Boy... o estilo só teu, misto de defesa e sedução. Espécie de D. Juan perdido entre alguns receios e outras tantas certezas.

Mas desta vez, os nossos olhares demoraram-se, os sorrisos sairam fáceis, sinceros... as palavras fluiram sem ornamentos, nem adjectivos vazios de sentido.
Os corpos... apenas tiveram tempo de um abraço apertado, lento, teimoso.
Um abraço que não queríamos desfazer, não fossem o destino, o tempo e o relógio mais fortes que as nossas vontades.

Nesta aparição fugaz chamei-te de novo Sexy Boy... e tu sorriste.... certo de que, desta vez, tinhas sido mais, muito mais que essa personagem altiva, distante e enigmática que um dia quisemos criar só para nos defendermos... da saudade e desses sentimentos improváveis... impossiveis.

Bye Sexy Boy... come back soon

01 dezembro 2008

Juntos é mais fácil!


Uma corrente de forças positivas juntou-se na Assembleia Nacional em prol de uma causa nobre. A Associação Renascer, a Fundação Cabo-verdiana de Solidariedade e a Associação Cise mobilizaram o evento, a favor dos portadores de VIH e das suas familias...

Cesária Évora deu-lhe notoriedade e todos os argumentos que restavam para encher o Auditório.
Cise aceitou juntar-se à causa de forma graciosa e actuar na Praia 10 anos depois da última vez.

Princesito abriu o palco, com o seu jeito comunicativo, bem disposto e sempre solidário.
Cise, mais discreta, lenta no caminhar, acusando a idade que não perdoa... Mas a voz... essa voz continua lá, limpída, forte, inconfundível.
A voz das mornas e das coladeras no mundo.
Junte-se uma banda de luxo, com os solos de Totinho a abrilhantar a diva.
O resultado: uma plateia rendida de pé, saudosa de ouvir Cesária Évora... grata pelo regresso tanto tempo depois.

O espectáculo abriu também espaço à homenagem a Artur Correia, pelo trabalho desenvolvido no CCS Sida e ao testemunho sentido de Águeda, uma jovem seropositiva que deu a cara em prol da igualdade e da tolerância para com os portadores do virus da Sida.
Um exemplo de coragem, determinação e uma prova de que se todos nos mobilizarmos é mais fácil lutar contra a discriminação das vitimas de um dos maiores flagelos do século.

 
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