30 junho 2008

Laginha

Esperei-te na Laginha.
Chegarias a qualquer momento.
Ao meu redor, familias completas brincavam na areia.
Meninas atrevidas balançavam os biquinis, assentes em corpos bem desenhados.
Desportistas em exercicios de força exibiam braços musculados... pintados a tatuagens...
Mulheres, dessas de meia idade e espírito independente, mergulhadas nas leituras do momento.
Enquanto as crianças salpicavam o imenso mar salgado de alegria e sorrisos barulhentos.

Em frente, o rosto, esculpido no imenso monte, observava friamente um cenário a que já se habituou.
Eu contemplo uma vez mais esta Laginha onde nos imaginei. Queria que chegasses. Jurei que serias tu ao longe, por entre aquele grupo que se divertia em "jingas" de capoeira.
Acenei... mas não retribuíste. Não eras tu.

Esperei-te até ao entardecer. Virias com o pôr do sol.
Nessa hora mágica que pinta a Laginha das cores de uma obra de arte e nos derrete de emoções...Tu, chegarias ao som da bossa nova, samba-canção, ou de uma morna doce, terna.
Tão terna, como o momento que haveriamos de viver, sentados na areia da Laginha, de olhos postos no mar...

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