23 março 2010

Casa Crisanto Lopes


Há reportagens que nos tocam. Há histórias que ficam na memória e dão mais sentido à palavra jornalismo. Há essa vontade e essa verdade de acreditar que o jornalismo pode fazer alguma coisa... Há o desejo de divulgar, mostrar e querer fazer algo... querer salvar o mundo com o poder de uma câmara e um microfone.

Desenganamo-nos quase sempre... esse poder raramente se sobrepõe ao da arrogância, do autismo, do jogo de protagonismos... dos hábitos instituídos...

Mesmo assim tentamos. Insistimos.

A Casa Crisanto Lopes acolhia dezenas de meninos pobres, carenciados de bens materiais, de comida, de afecto. Meninos humildes, educados e bem formados, num lugar que serviu de pai, de mãe e de professor.
A Casa fechou. Faltou dinheiro da cooperação estrangeira que a financiava. 
Em Cabo Verde ninguém se dispôs a ajudar... Os meninos ficaram orfãos...

Os dinamizadores da Casa Crisanto Lopes continuam por perto, mantêm os encontros desportivos de sábado e proporcionam aos meninos o melhor dia da semana. Dão-lhes alegria, convivio, uma refeição quente e um lanche que levam para casa, para repartirem com a familia.

E isto é o que resta de um trabalho tão nobre...
Fizemos reportagem... não apenas para mostrar, mas na esperança de que aconteça algo, de que as portas da Casa e do futuro destes meninos se reabram novamente...

Sim, quando no fim da entrevista um menino nos puxa o microfone para dizer "queria pedir uma casinha melhor, porque vivo com sete irmãos num contentor", o jornalismo tem outro sentido.

Reportagem integral por:
Vitor Martins e Pedro Moita
Nha Terra Nha Cretcheu

5 comentários:

Pedro Moita disse...

Espero que este seja um dos casos de que voltaremos a falar e mostrar, mais tarde, como sendo um caso de sucesso, um caso de consenso entre partes para beneficio do que importa: as crianças.
Há trabalhos que marcam. Adorei participar neste trabalho.

Vítor Martins disse...

Aqui senti a verdadeira utilidade e essência do Jornalismo, de carácter social e interventivo!
Adorei a pequena investigação feita acerca do tema, e a sensibilidade das pessoas ligadas ao Projecto. Aguardamos resolução do caso na esperança de termos ajudado a precipitar uma decisão positiva acerca do mesmo.Espero também continuar a acompanhar este caso...

Anônimo disse...

Onde fica essa casa e quem é a pessoa de contacto?

Obrigado

CMLF

Vítor Martins disse...

Pode contactar a ACCVE no Mindelo pelo (238)2318363 ou (238)9951688

Sara Silva disse...

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