Sempre que a chuva vem lembro-me de ti... talvez, por seres tão sazonal como esta chuva que só brinda Cabo Verde, muito de vez em quando...
Talvez porque a tua rara presença, também é assim: intensa; impulsiva e sempre breve... insuficiente.
Lembro-me de ti, esperando-te, como quem espera a chuva que nem sempre vem; e deixa saudade, cada vez que dá tréguas.
Chegas quase sempre como a chuva, ameaçando primeiro, preparando o cenário, respondendo ao chamamento de alguém que te quer e te aguarda. E partes por capricho, dando lugar ao sol, levando contigo as nuvens cinzentas para outras paragens, para outros lugares mais longe...
Partes e, tal como a chuva, deixas um rasto de esperança... esperança em dias férteis, esperança num tempo de azágua que se há-de perpetuar num cheiro forte a terra molhada.
Partes... fica a saudade e uma alegria latente, que se suaviza e se esbate com a tua ausência, a tua distância.
Espera-se que a chuva volte a cair... espero por ti, outra vez. Hás-de voltar para inundar a minha alma!
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