12 março 2008

Djad Sal




Sim, está descaracterizada. Talvez tenha perdido a essência criola... as vibrações de Cabo Verde.
O Funaná é um achado que sabe bem aos ouvidos de tão raro.
Cachupa, essa, em qualquer lugar, porque é típico e o turista gosta.
O criolo deu lugar ao italiano. A música é de Cabo Verde, mas daquela que se quer sempre igual, ano após ano num repertório onde não falha a "Sodade", de umas terras de S. Nicolau que os turistas nunca chegarão a conhecer...

Vive-se em função de quem chega de longe. Espera-se ansiosamente mais um boeing cheio de gente. "Sangue novo" numa vila que já se habituou às relações relâmpago com quem aqui desembarca e nunca se demora mais de uma semana.

As construções avançam como numa corrida de velocidade. Ganha quem conseguir erguer o muro do jardim, mais próximo da rebentação das ondas.

Sim, Santa Maria é um mundo àparte em solo atlântico. É vida de mar, de sal, de calor, de férias todo o ano. De gente que sai à rua bonita esperando encontrar mais um princípe (ou princesa) encantado... desses de uma semana.
É chorar na partida e celebrar a chegada.

E com tudo isto é impossivel resistir-lhe. Não sentir as boas vibrações que o mar vai murmurando, o jeito de viver leve, de chinelo no pé e de saudar bons dias em todas as línguas.
Esse encanto de ver rasgar as ondas e a apreciar a força de uma vela que dita um rumo, sem contrariar os desejos do vento.
Em Santa Maria a Natureza demorou-se pouco, mas deixou um mar azul de prestar homenagem e uma areia onde apetece ficar a olhar o céu que esse oceano imenso reflecte.

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