22 outubro 2010

Crónicas palacianas...

A pergunta impõe-se... O facto de trabalhar e dirigir a redacção de um"programa palaciano" faz de mim uma princesa?

(Adorei o termo e a designação e o tal jogo de vocabulário hermético-intelectual que é apanágio por aquelas bandas...)

E sim, sem dúvida, sou  umas das princesas deste palácio... Um palácio com sete pisos (sete séries), construído em cinco anos de trabalho sério... Um palácio de liberdades, onde se fala de todos os temas que interessam a Cabo Verde... Melhor... onde se fala e mostra realmente Cabo Verde.
O lado A e B e C e D.
Sem preconceitos, sem falsos moralismos... de forma democrática honrando única e exclusivamente o rei do nosso palácio- o jornalismo!

E sim, neste palácio felizmente não agradamos a gregos e troianos... Mas damos que falar... Mesmo quando todos os argumentos se esgotam... continuamos a dar que falar... E isso é o mesmo que dizer que continuam a olhar para nós... a ver-nos... a assistir ao nosso palácio lindissimo, solidamente construído e firme.

Ao contrário do que sugere a foto, o nosso palácio não é feito de ameias, nem pedras pesadas qual castelo isolado e impenetrável...
O nosso palácio é um espaço livre e em construção constante... por onde sabe bem caminhar, sempre com a certeza de que essa caminhada pelos longos corredores é um percurso de aprendizagem... de crescimento intelectual... e não... não nos passeamos com vaidade... apesar de podermos fazê-lo! (aliás... não é esse o papel das princesas?)

Orgulhosa de ser princesa deste palácio pelo que, agradeço a nomeação!

15 outubro 2010

O que nunca te direi...

Que te quero dessa maneira estranha de querer sem querer...
Que em cada palavra vã, dita entre dois momentos de longo silêncio, encontro sentimentos, emoções... sorrisos escondidos... discretos...
Que gosto da tua ausência... me alimenta a inspiração...mantém-te assim latente à distância de um beijo... um abraço... um olhar que acontece sempre... sempre.

Que sei das tuas mentiras...  gosto... gosto que me mintas e penses que eu acreditei nesses teus rasgos criativos!
Que nunca vou deixar passar um dia sem que o teu rosto me surja em lembranças desfocadas e deslocadas... assim como durmo sobre a certeza de estar presente naquele lugar estranho que o ser humano descobriu para depositar as emoções...

Nunca to direi... talvez não precises de saber...

06 outubro 2010

Lugares de mim

Há lugares assim... que não são nossos... nunca serão... mas onde o apelo da palavra casa fala em tom baixinho e nos deixa a pensar que talvez ali fosse um bom sítio... um bom dia... para o recomeço...

Reencontrar esses lugares é como reencontrar-te pelos caminhos improváveis de um mundo pequenino onde a tua energia flui tão livre, tão verdadeira que distrai a tua ausência... compensa quando não estás...

Há lugares onde tudo é possível de ser e de viver... onde as portas se abrem mais fáceis... onde as janelas sem cortinas mostram a vida que está lá dentro e podia ser a nossa. Onde o mundo gira na velocidade certa, nas margens dos encantadores cursos de água minucisamente desenhados entre duas fiadas de casas de bonecas...

Lugares onde a brisa fresca me lembra o teu respirar e a chuva chega benvinda como as lágrimas de saudade que descansam no teu rosto na hora das nossas despedidas...

Sim... existem lugares onde tu estás sem estar... onde poderiamos viver... talvez...
Existem lugares assim... desses tão raros... que nos inspiram e enchem a alma de paixão.

 
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